INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Para a interpretação de textos, basta
uma leitura com calma e concentração, sem preocupação com o tamanho do texto,
já que não é aí que reside a dificuldade. As questões de interpretação propõem
ao candidato identificar alternativas certas e erradas, em relação ao
pensamento do autor, independentemente de concordarmos ou não com a ideia.
A seguir algumas dicas para identificar
alternativas erradas:
REDUÇÃO
– Quando a alternativa pode estar correta, mas não reflete, com clareza, a
ideia do texto por falta de alguns elementos importantes.
EXAGERO
– A alternativa pode estar correta de acordo com a ideia do texto, mas
acrescenta algum elemento que não está no texto.
CONTRADIÇÃO
– Texto lido com atenção resolve este problema. Normalmente, alternativa
contraditória não usa os mesmos termos do texto, e afirma uma ideia diferente
da apresentada pelo autor.
INVERSÃO
– São usadas quase que as mesmas palavras do texto, acrescidas de um não,
ou omitido um não. Ou troca de um sempre por um nunca. Ou quem sofre a ação passa a exercer a ação,
ou vice-versa.
ALIENAÇÃO
– É comum aparecer alternativas que estão absolutamente corretas, mas que não
constam no texto. Isto é uma alienação.
REDIMENSIONAMENTO
– É uma troca de palavras que redimensionam a ideia. Todos substituído por
“quase todos” já dá outra dimensão. Nunca substituído por “jamais” não altera a
dimensão, mas por “raramente”, ou “dificilmente”, já é outra ideia. Uma boa
observação dos adjetivos e dos advérbios facilita esta questão → todos/ muitos/
ninguém/ alguém/ nunca/ sempre
Tomando
cuidado com estas possibilidades, fica bem fácil a interpretação de texto.
TEXTO 1 - ASSCOM-PP/2014
a) No texto diz que é possível...
Na alternativa A diz que só é
possível. Ocorreu um EXAGERO.
b) No texto diz que é útil, mas não imprescindível/obrigatória. EXAGERO.
c) Correto, conforme o texto.
d) É uma ALIENAÇÃO. O texto diz apenas que o computador é tão usual quanto o controle remoto.
e) O texto fala em “tão usual”, mas não “tão importante”. Ocorreu uma SUBSTITUIÇÃO.
GABARITO: C
TEXTO 2
IDRH – Câmara de
Glorinha/2013
Os usos do
esquecimento
Se há coisa que as pessoas temem é a perda da memória. Esquecer nomes,
rostos, números de telefone é uma ameaça que vai crescendo exponencialmente com
a idade até se transformar em pânico. O que gerou uma verdadeira indústria da
memória. O renascimento especializou-se em técnicas mnemônicas. Uma delas era o
“teatro da memória”, esta concebida como uma espécie de anfiteatro: em cada
fileira eram acomodadas ideias ou recordações devidamente agrupadas. Depois,
surgiram as substâncias químicas. Quando se descobriu que o fósforo tem certo
papel no metabolismo cerebral, produtos à base de fosfato invadiram o mercado.
Mas tratava-se de um uso empírico: até recentemente o cérebro era um território
misterioso. Para estudá-lo, era preciso encontrar casos de lesões em áreas
circunscritas e ver que tipo de problema resultava de tais lesões. Hoje, com o
enorme progresso na área de radioimagem, essa tarefa ficou consideravelmente
mais simples. Estamos vivendo uma verdadeira área do cérebro. E com isso surgiu
uma nova mnemônica, cujo princípio básico é exercitar a função da memória.
Exercitar não no sentido que se exercita o músculo. No caso do cérebro, a ideia
é estimulas a formação de conexões entre células nervosas. Para isso, é preciso
romper com a rotina: é preciso pensar em coisas diferentes. É preciso
flexibilização, uma palavra que apavora os assalariados, mas que, no caso da
memória, funciona.
Mas será que esquecer é mesmo tão ruim? Será que não existe um uso no
esquecimento? Freud sustenta que sim. Esquecemos, dizia ele, as coisas que nos
traumatizam, que nos afligem. Mas, quando esquecemos, essas coisas não estão
perdidas. Assim como existe a “lixeira” no computador, o lugar onde vão os
textos deletados, temos, em nossa mente, um compartimento chamado inconsciente,
de onde memórias podem eventualmente, ser recuperadas. Mas só serão recuperadas
mediante entendimento, esclarecimento; caso contrário permanecerá como causa de
conflito.
A verdade é que não podemos lembrar tudo, e o esquecimento é uma proteção
contra a sobrecarga. Também é verdade que não precisamos lembrar tudo: existem
agendas, existem cadernetas, existem gravadores, fotos, vídeos. A aflição que
uma pessoa sente por esquecer é, não raro, um prejuízo maior que o
esquecimento. É muito melhor dizer algo como “desculpe, esqueci seu nome”, do
que ficar suando frio e escavando em vão a memória. Isso sem falar nas
situações em que pessoas- mas são pessoas especiais- optam abertamente pelo
olvido. “Nunca esqueço um rosto- mas no seu caso, abrirei uma exceção”. Essa
frase, um primor de franqueza, foi dita por alguém a uma pessoa muito chata.
Infelizmente, esqueci quem foi esse alguém.
Moacyr Scliar
( V ) – Correto, conforme as palavras do texto
( F ) – “... o fósforo tem papel importante no metabolismo
cerebral...” Conforme o texto, “o fósforo tem certo papel no metabolismo cerebral. Se fizermos a
comparação, certo papel/importante papel, veremos duas dimensões neste
papel, um certo papel é um papel de menor influência, existente mas não chega a
ser importante, portanto houve aqui um REDIMENSIONAMENTO.
( V ) - Correto, conforme as palavras do texto
( V ) - Correto,
conforme as palavras do texto
GABARITO: D
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O cabeçalho dá duas dicas: existe uma oposição de ideias e “Quais são as duas
ideias.” Então, a alternativa correta é aquela que possui duas ideias,
opostas e que estão de acordo com o texto.
I) Apresenta apenas uma ideia.
II) São duas ideias que se complementam, mas não se opõem – a aflição é um prejuízo maior.
III) Aqui há duas ideias que se opõem.
Esquecer ou fazer bom uso do esquecimento. A conjunção “ou” identifica a
presença de duas ideias.
IV) Apresenta apenas uma ideia.
V) São duas orações quem querem dizer a mesma coisa.
GABARITO C
TEXTO 3 - PREMIER-Guaíba/2012
a) O letramento é
uma forma de alfabetização, não são ideias opostas, são complementares,
portanto não há como diferenciá-las. Aqui houve um DESVIO da ideia central.
b) Alternativa
correta, confirmado no último período do texto.
c) Esta correto,
mas a ideia central do texto trata da forma
como deve ser proposto o domínio do código escrito. Aqui houve uma REDUÇÃO.
d) Jogos é apenas
uma das ferramentas utilizadas no letramento. REDUÇÃO de novo.
GABARITO: B
I) Certo. Linha 3 e depois confirmado a partir da linha 22.
II) Certo . Nas palavras do texto na linha 9.
III) Certo. Linha 12 bibliotecas = espaços de leitura.
IV) Errado. A opção metodológica é do Professor, mas o texto não trata
disso. Aqui ocorreu uma ALIENAÇÃO.
GABARITO: D
Estas refere-se ao que está próximo e no plural: a leitura e a escrita. Caso se
referisse somente à escrita, seria usado “Esta”. Caso se referisse à uma pessoa
(linha 1-mais longe), seria “aquela”; caso se referisse ao professor, seria
“aquele”.
Ela refere-se a um substantivo feminino que “perceba as funções da
escrita” → pessoa
GABARITO: A
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PPontua – Santo Ângelo/2012
a) O texto não faz referência “às facilidades que as novas tecnologias
possibilitam...” Aqui houve uma ALIENAÇÃO.
b) “Os alunos da universidade
resolveram desenvolver...” Correto, mas não foi por não terem muitas
ideias. Houve um acréscimo, portanto, um EXAGERO.
c) Correto, conforme a ideia do texto.
d) O texto diz que “o eletrônico
pode gerar dados importantes” A
alternativa D fala em objetos que não têm utilidade. Ocorreu uma INVERSÃO.
e) Não há
referências no texto sobre tendências de mercado. ALIENAÇÃO.
GABARITO C
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