domingo, 3 de março de 2013

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO



INTERPRETAÇÃO DE TEXTO


Para a interpretação de textos, basta uma leitura com calma e concentração, sem preocupação com o tamanho do texto, já que não é aí que reside a dificuldade. As questões de interpretação propõem ao candidato identificar alternativas certas e erradas, em relação ao pensamento do autor, independentemente de concordarmos ou não com a ideia.
A seguir algumas dicas para identificar alternativas erradas:

REDUÇÃO – Quando a alternativa pode estar correta, mas não reflete, com clareza, a ideia do texto por falta de alguns elementos importantes.
EXAGERO – A alternativa pode estar correta de acordo com a ideia do texto, mas acrescenta algum elemento que não está no texto.
CONTRADIÇÃO – Texto lido com atenção resolve este problema. Normalmente, alternativa contraditória não usa os mesmos termos do texto, e afirma uma ideia diferente da apresentada pelo autor.
INVERSÃO – São usadas quase que as mesmas palavras do texto, acrescidas de um não, ou omitido um não. Ou troca de um sempre por um nunca.  Ou quem sofre a ação passa a exercer a ação, ou vice-versa.
ALIENAÇÃO – É comum aparecer alternativas que estão absolutamente corretas, mas que não constam no texto. Isto é uma alienação.
REDIMENSIONAMENTO – É uma troca de palavras que redimensionam a ideia. Todos substituído por “quase todos” já dá outra dimensão. Nunca substituído por “jamais” não altera a dimensão, mas por “raramente”, ou “dificilmente”, já é outra ideia. Uma boa observação dos adjetivos e dos advérbios facilita esta questão → todos/ muitos/ ninguém/ alguém/ nunca/ sempre

Tomando cuidado com estas possibilidades, fica bem fácil a interpretação de texto.

TEXTO 1 - ASSCOM-PP/2014



a)    No texto diz que é possível... Na alternativa A diz que só é possível. Ocorreu um EXAGERO.
b)    No texto diz que é útil, mas não imprescindível/obrigatória. EXAGERO.
c)    Correto, conforme o texto.
d)    É uma ALIENAÇÃO. O texto diz apenas que o computador é tão usual quanto o controle remoto.
e)    O texto fala em “tão usual”, mas não “tão importante”. Ocorreu uma SUBSTITUIÇÃO.
GABARITO: C


TEXTO 2
IDRH – Câmara de Glorinha/2013
Os usos do esquecimento
Se há coisa que as pessoas temem é a perda da memória. Esquecer nomes, rostos, números de telefone é uma ameaça que vai crescendo exponencialmente com a idade até se transformar em pânico. O que gerou uma verdadeira indústria da memória. O renascimento especializou-se em técnicas mnemônicas. Uma delas era o “teatro da memória”, esta concebida como uma espécie de anfiteatro: em cada fileira eram acomodadas ideias ou recordações devidamente agrupadas. Depois, surgiram as substâncias químicas. Quando se descobriu que o fósforo tem certo papel no metabolismo cerebral, produtos à base de fosfato invadiram o mercado. Mas tratava-se de um uso empírico: até recentemente o cérebro era um território misterioso. Para estudá-lo, era preciso encontrar casos de lesões em áreas circunscritas e ver que tipo de problema resultava de tais lesões. Hoje, com o enorme progresso na área de radioimagem, essa tarefa ficou consideravelmente mais simples. Estamos vivendo uma verdadeira área do cérebro. E com isso surgiu uma nova mnemônica, cujo princípio básico é exercitar a função da memória. Exercitar não no sentido que se exercita o músculo. No caso do cérebro, a ideia é estimulas a formação de conexões entre células nervosas. Para isso, é preciso romper com a rotina: é preciso pensar em coisas diferentes. É preciso flexibilização, uma palavra que apavora os assalariados, mas que, no caso da memória, funciona.
Mas será que esquecer é mesmo tão ruim? Será que não existe um uso no esquecimento? Freud sustenta que sim. Esquecemos, dizia ele, as coisas que nos traumatizam, que nos afligem. Mas, quando esquecemos, essas coisas não estão perdidas. Assim como existe a “lixeira” no computador, o lugar onde vão os textos deletados, temos, em nossa mente, um compartimento chamado inconsciente, de onde memórias podem eventualmente, ser recuperadas. Mas só serão recuperadas mediante entendimento, esclarecimento; caso contrário permanecerá como causa de conflito.
A verdade é que não podemos lembrar tudo, e o esquecimento é uma proteção contra a sobrecarga. Também é verdade que não precisamos lembrar tudo: existem agendas, existem cadernetas, existem gravadores, fotos, vídeos. A aflição que uma pessoa sente por esquecer é, não raro, um prejuízo maior que o esquecimento. É muito melhor dizer algo como “desculpe, esqueci seu nome”, do que ficar suando frio e escavando em vão a memória. Isso sem falar nas situações em que pessoas- mas são pessoas especiais- optam abertamente pelo olvido. “Nunca esqueço um rosto- mas no seu caso, abrirei uma exceção”. Essa frase, um primor de franqueza, foi dita por alguém a uma pessoa muito chata. Infelizmente, esqueci quem foi esse alguém.
Moacyr Scliar
( F ) – “Com esse avanço mnemônico, descobriu-se que se exercitar o cérebro, a perdas de memória não diminui gradativamente”.   Conforme o texto, o avanço mnemônico contribui para a redução da perda de memória. A inclusão de um não inverteu a ideia do raciocínio. Houve uma INVERSÃO.


( V ) – Correto, conforme as palavras do texto

( F ) – “... o fósforo tem papel importante no metabolismo cerebral...” Conforme o texto, “o fósforo tem certo papel no metabolismo cerebral. Se fizermos a comparação, certo papel/importante papel, veremos duas dimensões neste papel, um certo papel é um papel de menor influência, existente mas não chega a ser importante, portanto houve aqui um REDIMENSIONAMENTO.

( V ) - Correto, conforme as palavras do texto

( V ) - Correto, conforme as palavras do texto

GABARITO: D

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O cabeçalho dá duas dicas: existe uma oposição de ideias e “Quais são as duas ideias.” Então, a alternativa correta é aquela que possui duas ideias, opostas e que estão de acordo com o texto.

I) Apresenta apenas uma ideia.

II) São duas ideias que se complementam, mas não se opõem – a aflição é um prejuízo maior.

III) Aqui há duas ideias que se opõem. Esquecer ou fazer bom uso do esquecimento. A conjunção “ou” identifica a presença de duas ideias.

IV) Apresenta apenas uma ideia.

V) São duas orações quem querem dizer a mesma coisa.

GABARITO  C




TEXTO 3 - PREMIER-Guaíba/2012








a) O letramento é uma forma de alfabetização, não são ideias opostas, são complementares, portanto não há como diferenciá-las. Aqui houve um DESVIO da ideia central.
b) Alternativa correta, confirmado no último período do texto.
c) Esta correto, mas a ideia central do texto trata da forma como deve ser proposto o domínio do código escrito. Aqui houve uma REDUÇÃO.
d) Jogos é apenas uma das ferramentas utilizadas no letramento. REDUÇÃO de novo.
GABARITO: B


I) Certo. Linha 3 e depois confirmado a partir da linha 22.
II) Certo . Nas palavras do texto na linha 9.
III) Certo. Linha 12 bibliotecas = espaços de leitura.
IV) Errado. A opção metodológica é do Professor, mas o texto não trata disso. Aqui ocorreu uma ALIENAÇÃO.
GABARITO: D


Estas refere-se ao que está próximo e no plural: a leitura e a escrita. Caso se referisse somente à escrita, seria usado “Esta”. Caso se referisse à uma pessoa (linha 1-mais longe), seria “aquela”; caso se referisse ao professor, seria “aquele”.
Ela refere-se a um substantivo feminino que “perceba as funções da escrita” → pessoa
GABARITO: A

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PPontua – Santo Ângelo/2012





a) O texto não faz referência “às facilidades que as novas tecnologias possibilitam...” Aqui houve uma ALIENAÇÃO.
b) “Os alunos da universidade resolveram desenvolver...” Correto, mas não foi por não terem muitas ideias. Houve um acréscimo, portanto, um EXAGERO.

c) Correto, conforme a ideia do texto.

d) O texto diz que “o eletrônico pode gerar dados importantes”  A alternativa D fala em objetos que não têm utilidade. Ocorreu uma INVERSÃO.

e) Não há referências no texto sobre tendências de mercado. ALIENAÇÃO.
GABARITO C





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