sexta-feira, 22 de março de 2013

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO


FRASE – Qualquer enunciado que represente uma mensagem, com ou sem verbo. Exemplos de frases sem verbo:
Bom dia!
Saúde!
Casa de ferreiro, espeto de pau.
Ônibus escolar
A Namorada da Lagoa.
Memórias Póstumas de Brás Cubas.

ORAÇÃO – Enunciado com verbo. Ex.:
Vovó viu a uva.
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante.

Observação: A existência de locução verbal caracteriza um só verbo. Ex.: Hoje vou estudar até tarde. (vou estudar=estudarei)

PERÍODO – Enunciado com uma ou mais orações (dois ou mais verbos). Ex,:
Não me perguntes onde fica o Alegrete, segue o rumo do teu próprio coração.
Sabemos que um período é caracterizado pela presença de uma ou mais orações.
O Período com uma só oração é um período simples e com duas ou mais orações é um período composto.

Identificamos um período composto pela presença de dois ou mais verbos ou locuções verbais (dois verbos com valor de um).

Quando o período é composto, as orações estabelecem uma relação de coordenação ou subordinação.

Oração coordenada
Quando as duas orações têm autonomia para passarem a mensagem a que se propõem as orações são coordenadas. Entre elas pode haver ou não um conetivo (conjunção), o que lhes dará a denominação de coordenadas assindéticas ou sindéticas. Ex.:

Oração coordenada assindética - Povo que não tem virtude acaba por ser escravo.
Identificamos dois verbos, o quer dizer que é um período composto. Como as duas orações têm autonomia em sua mensagem: (Povo que não tem virtude /  acaba por ser escravo). São orações coordenadas. A inexistência de conetivo (conjunção) entre elas determina que ambas sejam coordenadas assindéticas.

Oração coordenada sindéticaBati na porta, mas ninguém ouviu.
Embora as duas orações tenham autonomia, elas estão interligadas por um conetivo, a conjunção adversativa MAS.
A Presença deste conetivo determina que estas orações sejam coordenadas sindéticas.

Oração Subordinada
Exerce a função de complemento da oração principal. Sozinha, a oração subordinada não tem sentido em seu enunciado.

A Oração Subordinada substitui um possível substantivo, ou adjetivo ou advérbio da oração principal.
Por exemplo: Aguardo que você chegue.
A oração “que você chegue” substitui a possível construção da oração principal “por sua chegada”. Estaria, então, substituindo o substantivo chegada e seus complementos nominais (que/você)
Assim, a oração “que você chegue” é uma oração subordinada substantiva.

A oração subordinada pode também substituir um possível adjetivo.
Esta moça tem um comportamento de dar gosto.
“De dar gosto” é uma oração subordinada, por que sozinha não faz sentido em sua proposta de mensagem.
“De dar gosto” é uma oração que qualifica o comportamento da moça, como um adjetivo, desse modo, esta é uma oração subordinada adjetiva.

Também, a oração subordinada poderá estar substituindo um advérbio.
Moro onde o diabo perdeu as botas.” = Moro longe (advérbio de distância)
Então, “onde o diabo perdeu as botas” é uma oração subordinada adverbial.

No caso das orações subordinadas substantivas, é necessário identificar se ela substitui o sujeito, o objeto ou o predicado.

Ex.:
Na oração “Aguardo por sua chegada”, temos um verbo transitivo direto (aguardo), e por consequência, um objeto direto (por sua chegada).

Esta frase pode ser construída assim: “Aguardo que você chegue”, que é mesma mensagem, mas tem dois verbos, logo são duas orações.
Como a expressão “que você chegue” está fazendo papel de objeto direto, esta é uma
oração subordinada substantiva objetiva direta

Caso o verbo fosse transitivo indireto, a oração seria subordinada substantiva objetiva indireta.

As orações subordinadas substantivas também podem substituir o sujeito, como na frase Comer bem representa um grande prazer.”. Quem é que representa? Resposta: Comer bem. Esta oração está fazendo o papel de sujeito. Então, “Comer bem” é uma oração subordinada substantiva subjetiva (sujeitiva).

As orações subordinadas substantivas, podem também substituir o predicativo, como no caso:
Necessitamos da ajuda de todos = Necessitamos de que todos nos ajudem. Neste caso, a oração “de que todos nos ajudem” é uma oração subordinada substantiva predicativa.

Há o caso de que a oração subordinada é o aposto. Como na frase: “Meu amigo, de quem já te falei, partiu ontem.” Por ser a oração “de quem já te falei” o aposto da frase, esta é uma oração subordinada apositiva.

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