sexta-feira, 22 de março de 2013

SINTAXE

TERMOS DA ORAÇÃO

  1. SUJEITO
  2. VERBO
  3. OBJETO
  4. ADJUNTO ADVERBIAL
  5. APOSTO
  6. VOCATIVO
  7. AGENTE DA PASSIVA
SUJEITO
O sujeito é identificado quando se faz a pergunta “Quem é que?” ao verbo na 3ª pessoa do singular.

Ex.: E o sol da liberdade em raios fúlgidos brilhou no ceu da pátria neste instante. Quem é que brilhou? O sol. Então o sujeito é “o sol da liberdade em raios fúlgidos.”

Ex.: “Por Osório Duque Estrada foi composto o Hino Nacional Brasileiro.” Esta oração está na voz passiva e poderá gerar dúvidas para identificar o sujeito sem a pergunta: Quem é que foi composto? O Hino Nacional Brasileiro. Este é o sujeito. Reconstruindo a frase com o agente da passiva (por) no final: “O Hino Nacional Brasileiro foi composto por Osório Duque Estrada.” Quem é que foi composto? Passando para voz ativa, “Osório Duque Estrada compôs o Hino Nacional Brasileiro”. Quem é que compôs? Osório Duque Estrada. Na voz ativa, Osório Duque Estrada é o sujeito.
Núcleo do sujeito – É a parte mais importante do sujeito. É quem realmente exerce a ação. É COM ELE QUE O VERBO TEM QUE CONCORDAR.

Ex.:  As flores do jardim da nossa casa morreram todas de saudade de você (Roberto Carlos). Quem é que morreu? As flores do jardim da nossa casa, este é o sujeito.
Mas quem realmente morreu foi “flores”, não foi jardim, não foi casa, não foi nossa, então, flores é o núcleo do sujeito.

As demais partes: As/do/jardim/da/nossa/casa são ADJUNTOS ADNOMINAIS DO SUJEITO.

É com o núcleo do sujeito que o verbo deve concordar em pessoa e em número. Flores está no plural, verbo no plural elas morreram.


TIPOS DE SUJEITO

Sujeito Simples – Quando só tem um núcleo. Ex.:
Batatinha quando nasce espalha a rama pelo chão. Sujeito Batatinha. Núcleo: Batatinha
Meu coração, não sei por quê, bate feliz. Sujeito: Meu coração. Núcleo coração.

Sujeito Composto – Quando há dois ou mais núcleos. Ex.:
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer. Quem é que se encontrou? Eduardo e Mônica. Este sujeito tem dois núcleos, portanto, é um sujeito composto.

Sujeito Oculto (ou desinencial, ou implícito) – Não está presente na oração, mas é facilmente identificado pela flexão verbal. Ex.:
Estou de volta pro meu aconchego. Quem é que está? Resposta: “eu”, que não está presente na frase, mas pela conjugação do verbo estar (eu estou/tu estás/ele está), posso identificar o sujeito. O sujeito é EU.

Sujeito Indeterminado – O sujeito não está expresso na oração. Ocorre somente com o verbo na 3ª pessoa do plural, ou na 3ª pessoa do singular com a partícula SE. Ex.: Telefonaram para você. Quem é que telefonou? ?? Sujeito indeterminado.
Trabalha-se demais aqui.

Sujeito Inexistente / Oração sem sujeito – Ocorre em três casos:
1 – Com verbos que indicam fenômenos da natureza, tais como anoitecer, trovejar, nevar, escurecer, chover, relampejar, ventar. Ex.: Amanheceu um lindo dia.
2 - Com o verbo haver, significando existir ou acontecer. Ex.Haverá aulas amanhã.
3 - Com os verbos ser, fazer, haver, ir, vir, passar e estar indicando tempo ou clima. Ex.:
Há dois meses que não o vejo.
Faz calor terrível no verão.
Já é tarde.
Está na hora do recreio.

VERBO
Verbo de Ligação - Os verbos de ligação não indicam ação, apenas fazem a ligação entre 2 termos: o sujeito e suas características.
Estas características são chamadas de predicativo do sujeito.
Ex. Maria é bonita.
O verbo ser não indica ação, ele está ligando o sujeito (Maria) ao predicativo (bonita).
Principais verbos de ligação:
SER / ESTAR / ANDAR / FICAR / PARECER / PERMANECER / CONTINUAR

Verbo Intransitivo: Não possui complemento. Ou seja, os verbos intransitivos possuem sentido completo.
Ex.: “Hugo Chávez morreu.” O verbo morrer tem sentido completo.
Algumas vezes o verbo intransitivo pode vir acompanhado de algum termo que indica modo, lugar, tempo, etc. Estes termos são chamados de ADJUNTOS ADVERBIAIS.
Ex. Ele morreu dormindo. Dormindo foi a maneira, o modo com que ele morreu. Dormindo é o adjunto adverbial de modo.
Alguns verbos intransitivos:
Trabalhar – Ele trabalha.
Acordar – Já acordei
Cair – O preço caiu.
Sumir – Meu dinheiro sumiu.

Verbo Transitivo DiretoSão verbos que necessitam de complemento sem preposição.

Amar – Quem ama, ama alguém ou alguma coisa, portanto, necessita de complemento.
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.
Se amar é um verbo transitivo direto , então as pessoas é o OBJETO DIRETO.

Comprar – Quem compra, compra alguma coisa. “Eu comprei” sozinho não faz sentido.
Comprei uma bicicleta. Se “comprar” é um verbo transitivo direto, então “uma bicicleta” é o objeto direto.

Visitar – Quem visita, visita alguém, ou algum lugar.
Visitei minha tia ontem. Objeto direto minha tia/adjunto adverbial de tempo ontem.

Verbo Transitivo IndiretoSão verbos que necessitam de complemento introduzido por uma preposição (a/de/com/para) . Este complemento é o OBJETO INDIRETO.

Podem ser objeto indireto um substantivo, uma oração, ou um pronome pessoal (me/te/ ti/ mim/nós/ele/elas/lhe).

Gosto de filmes de terror. Quem gosta, gosta de alguma coisa ou de alguém. Como existe a preposição DE, então “gostar” é um verbo transitivo indireto e “de filmes de terror” é o objeto indireto.

Pra quem chega de Rosário ao fim da tarde. Quem chega, chega de algum lugar. Então “chegar” é transitivo indireto e “de Rosário” é o objeto indireto. “ao fim da tarde” é o adjunto adverbial de tempo.
Sempre obedeci aos meus pais. Quem obedece, obedece a alguém. “Obedecer” é transitivo indireto pela presença da preposição A (a+os). “Aos meus pais” é o objeto indireto.

Verbo Transitivo Direto e Indireto (Bitransitivo)São verbos que necessitam de dois complementos, um sem preposição e outro com preposição. Sem preposição será o objeto direto, representado pela coisa, com preposição será o objeto indireto representado pela pessoa .

Entregar – Quem entrega, entrega alguma coisa a alguém.
Entreguei o recibo a todos que pagaram. Objeto direto “o recibo” (sem preposição). Objeto indireto “a todos que pagaram” (com a preposição A). Então, entregar é um verbo transitivo direto e indireto.

Roubar – Quem rouba, rouba algo de alguém.
Roubamos o gabarito da professora. Objeto direto “o gabarito”. Objeto indireto “da professora”,identificado pela preposição DE (de+a).

Dupla transitividade – Alguns verbos podem ser transitivos ou intransitivos, conforme o contexto.

Escrever :
Admiro a forma como Machado de Assis escreve. Neste caso “escrever” é intransitivo, pois não necessitou complemento.
João já escreveu o seu texto. Neste caso, “escrever” é transitivo direto, já que foi necessário um complemento sem preposição.
Maria escreveu cartas ao noivo. Neste caso, “escrever” é transitivo direto e indireto, pois exigiu dois complementos, um sem preposição (cartas) e outro com preposição (ao noivo).

VOZES DO VERBO
São três as vozes verbais: Ativa, Passiva e Reflexiva.
Voz Ativa - Ocorre quando o sujeito exerce a ação.
Ex.: Vovó viu a uva.
Voz PassivaOcorre quando o sujeito sofre a ação.
Ex.: A uva foi vista por vovó.
Voz ReflexivaOcorre quando o sujeito exerce e sofre a ação.
Ex.: As crianças deram-se as mãos.

Passagem da voz ativa para a passiva.
São três passos:
1º - O sujeito passa a ser objeto e o objeto passa a ser sujeito.
2º - O verbo é substituído por uma locução verbal acrescentando-se um verbo de ligação no mesmo tempo do verbo da voz ativa, mais o verbo original no particípio.
3ª – Acrescenta-se a preposição por antes do objeto na voz passiva. Se existir artigo (O ou A) usa-se a contração pelo ou pela.

Exercício:
Voz ativa - Osório Duque Estrada compôs o Hino Nacional.
Sujeito Osório Duque Estrada
Verbo compôs (Pretérito perfeito)
Objeto direto Hino Nacional
Vox Passiva – O Hino Nacional foi composto por Osório Duque Estrada
Sujeito O Hino Nacional
Locução verbal foi composto (com o verbo ir no pretérito perfeito
   e o verbo compor no particípio).
Objeto direto Osório Duque Estrada
Agente da passiva por

Exercício:
“Fazem-se unhas.”
- Como não há a preposição, está na voz ativa.
- Descobrir o sujeito: Quem é que faz? Não sei. É um sujeito indeterminado.
- Descobrir o objeto: Quem faz, faz alguma coisa unhas. Este é o objeto direto.
- Verbo? Fazer no presente do indicativo, plural.
Agora passar para a voz passiva.
  1. O que era objeto vira sujeito: Unhas
  2. Substituir o verbo por uma locução verbal no presente e no plural: são feitas
  3. O sujeito indeterminado viraria objeto. Mas ele não está ali. Então fica fora, assim como a preposição.
Voz passiva “Unhas são feitas.”

ADJUNTO ADVERBIAL
O adjunto adverbial tem valor de advérbio e serve para modificar o verbo, um adjetivo ou outro advérbio.
Normalmente a colocação do adjunto adverbial é no fim da frase. Quando antecipado, deverá estar entre vírgulas.
Adjunto Adverbial no final da frase Foram assaltados violentamente.
Adjunto Adverbial no início da frase Violentamente, foram assaltados.
Adjunto Adverbial no meio da frase Foram violentamente assaltados.

ADJUNTO ADVERBIAL
De afirmação
Sim, com certeza, claro, etc.
De assunto
Sobre política, sobre futebol, etc.
De causa
Por necessidade etc.
De companhia
Com meus irmãos etc.
De concessão
Apesar etc.
De dúvida
Talvez, porventura, quiçá, acaso etc.
De lugar
Aqui, ali, acolá, abaixo, atrás, dentro, lá etc.
De instrumento
Com a pá etc.
De intensidade
Muito, pouco, *bastante, mais, tão, quão etc.
De matéria
Com mármore etc.
De meio
De ônibus, de carro etc.
De modo
Bem, mal, devagar, depressa, palavra + mente: carinhosamente, educadamente etc.
De negação
Não, em hipótese alguma etc.
De tempo
Ontem, hoje, agora, cedo, tarde, breve etc.


APOSTO
O aposto é um termo auxiliar que serve para explicação do termo anterior. Normalmente vem entre vírgulas.
Ex.: Getúlio Vargas, o pai dos pobres, deixou muitas saudades.
Ontem, terça-feira, cheguei atrasado.
A Ecologia, que é a ciência da moda, tem despertado grande interesse entre os jovens.
Tenho quatro filhos: dois meninos e duas meninas.
- E agora, quem poderá me defender? Eu, o Chapolin Colorado.

VOCATIVO
O vocativo é a função sintática que corresponde a uma INVOCAÇÃO, um chamamento, e não se relaciona sintaticamente com os demais termos da oração. Muitas vezes vem acompanhada por uma entoação exclamativa ou apelativa. Geralmente é separado por vírgulas, mas pode aparecer também com um sinal de exclamação, interrogação, etc.
- Mamãe, já cheguei.
- Para com isso, malandro!
- Oh céus, quando tudo isso vai passar?
- Meu Deus, quanta desgraça.


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