- SUJEITO
- VERBO
- OBJETO
- ADJUNTO ADVERBIAL
- APOSTO
- VOCATIVO
- AGENTE DA PASSIVA
SUJEITO
O sujeito é identificado quando se faz a pergunta “Quem é que?” ao verbo na 3ª pessoa do singular.
Ex.: E o sol da liberdade em raios fúlgidos brilhou no ceu da pátria neste instante. Quem é que brilhou? O sol. Então o sujeito é “o sol da liberdade em raios fúlgidos.”
Ex.: “Por Osório Duque Estrada foi composto o Hino Nacional Brasileiro.” Esta oração está na voz passiva e poderá gerar dúvidas para identificar o sujeito sem a pergunta: Quem é que foi composto? O Hino Nacional Brasileiro. Este é o sujeito. Reconstruindo a frase com o agente da passiva (por) no final: “O Hino Nacional Brasileiro foi composto por Osório Duque Estrada.” Quem é que foi composto? Passando para voz ativa, “Osório Duque Estrada compôs o Hino Nacional Brasileiro”. Quem é que compôs? Osório Duque Estrada. Na voz ativa, Osório Duque Estrada é o sujeito.
Núcleo do sujeito – É a parte mais importante do sujeito. É quem realmente exerce a ação. É COM ELE QUE O VERBO TEM QUE CONCORDAR.
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Ex.: As flores do jardim da nossa casa morreram todas de saudade de você (Roberto Carlos). Quem é que morreu? As flores do jardim da nossa casa, este é o sujeito.
Mas quem realmente morreu foi “flores”, não foi jardim, não foi casa, não foi nossa, então, flores é o núcleo do sujeito.
As demais partes: As/do/jardim/da/nossa/casa → são ADJUNTOS ADNOMINAIS DO SUJEITO.
É com o núcleo do sujeito que o verbo deve concordar em pessoa e em número. Flores está no plural, verbo no plural →elas morreram.
TIPOS DE SUJEITO
Sujeito Simples – Quando só tem um núcleo. Ex.:
Batatinha quando nasce espalha a rama pelo chão. Sujeito Batatinha. Núcleo: Batatinha
Meu coração, não sei por quê, bate feliz. Sujeito: Meu coração. Núcleo coração.
Sujeito Composto – Quando há dois ou mais núcleos. Ex.:
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer. Quem é que se encontrou? Eduardo e Mônica. Este sujeito tem dois núcleos, portanto, é um sujeito composto.
Sujeito Oculto (ou desinencial, ou implícito) – Não está presente na oração, mas é facilmente identificado pela flexão verbal. Ex.:
Estou de volta pro meu aconchego. Quem é que está? Resposta: “eu”, que não está presente na frase, mas pela conjugação do verbo estar (eu estou/tu estás/ele está), posso identificar o sujeito. O sujeito é EU.
Sujeito Indeterminado – O sujeito não está expresso na oração. Ocorre somente com o verbo na 3ª pessoa do plural, ou na 3ª pessoa do singular com a partícula SE. Ex.: Telefonaram para você. Quem é que telefonou? ?? Sujeito indeterminado.
Trabalha-se demais aqui.
Sujeito Inexistente / Oração sem sujeito – Ocorre em três casos:
1 – Com verbos que indicam fenômenos da natureza, tais como anoitecer, trovejar, nevar, escurecer, chover, relampejar, ventar. Ex.: Amanheceu um lindo dia.
2 - Com o verbo haver, significando existir ou acontecer. Ex.Haverá aulas amanhã.
3 - Com os verbos ser, fazer, haver, ir, vir, passar e estar indicando tempo ou clima. Ex.:
Há dois meses que não o vejo.
Faz calor terrível no verão.
Já é tarde.
Está na hora do recreio.
VERBO
Verbo de Ligação - Os verbos de ligação não indicam ação, apenas fazem a ligação entre 2 termos: o sujeito e suas características.
Estas características são chamadas de predicativo do sujeito.
Ex. Maria é bonita.
O verbo ser não indica ação, ele está ligando o sujeito (Maria) ao predicativo (bonita).
Principais verbos de ligação:
SER / ESTAR / ANDAR / FICAR / PARECER / PERMANECER / CONTINUAR
Verbo Intransitivo: Não possui complemento. Ou seja, os verbos intransitivos possuem sentido completo.
Ex.: “Hugo Chávez morreu.” O verbo morrer tem sentido completo.
Algumas vezes o verbo intransitivo pode vir acompanhado de algum termo que indica modo, lugar, tempo, etc. Estes termos são chamados de ADJUNTOS ADVERBIAIS.
Ex. Ele morreu dormindo. Dormindo foi a maneira, o modo com que ele morreu. Dormindo é o adjunto adverbial de modo.
Alguns verbos intransitivos:
Trabalhar – Ele trabalha.
Acordar – Já acordei
Cair – O preço caiu.
Sumir – Meu dinheiro sumiu.
Verbo Transitivo Direto – São verbos que necessitam de complemento sem preposição.
Amar – Quem ama, ama alguém ou alguma coisa, portanto, necessita de complemento.
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.
Se amar é um verbo transitivo direto , então as pessoas é o OBJETO DIRETO.
Comprar – Quem compra, compra alguma coisa. “Eu comprei” sozinho não faz sentido.
Comprei uma bicicleta. Se “comprar” é um verbo transitivo direto, então “uma bicicleta” é o objeto direto.
Visitar – Quem visita, visita alguém, ou algum lugar.
Visitei minha tia ontem. Objeto direto →minha tia/adjunto adverbial de tempo→ ontem.
Verbo Transitivo Indireto – São verbos que necessitam de complemento introduzido por uma preposição (a/de/com/para) . Este complemento é o OBJETO INDIRETO.
Podem ser objeto indireto um substantivo, uma oração, ou um pronome pessoal (me/te/ ti/ mim/nós/ele/elas/lhe).
Gosto de filmes de terror. Quem gosta, gosta de alguma coisa ou de alguém. Como existe a preposição DE, então “gostar” é um verbo transitivo indireto e “de filmes de terror” é o objeto indireto.
Pra quem chega de Rosário ao fim da tarde. Quem chega, chega de algum lugar. Então “chegar” é transitivo indireto e “de Rosário” é o objeto indireto. “ao fim da tarde” é o adjunto adverbial de tempo.
Sempre obedeci aos meus pais. Quem obedece, obedece a alguém. “Obedecer” é transitivo indireto pela presença da preposição A (a+os). “Aos meus pais” é o objeto indireto.
Verbo Transitivo Direto e Indireto (Bitransitivo) – São verbos que necessitam de dois complementos, um sem preposição e outro com preposição. Sem preposição será o objeto direto, representado pela coisa, com preposição será o objeto indireto representado pela pessoa .
Entregar – Quem entrega, entrega alguma coisa a alguém.
Entreguei o recibo a todos que pagaram. Objeto direto → “o recibo” (sem preposição). Objeto indireto → “a todos que pagaram” (com a preposição A). Então, entregar é um verbo transitivo direto e indireto.
Roubar – Quem rouba, rouba algo de alguém.
Roubamos o gabarito da professora. Objeto direto → “o gabarito”. Objeto indireto → “da professora”,identificado pela preposição DE (de+a).
Dupla transitividade – Alguns verbos podem ser transitivos ou intransitivos, conforme o contexto.
Escrever :
Admiro a forma como Machado de Assis escreve. Neste caso “escrever” é intransitivo, pois não necessitou complemento.
João já escreveu o seu texto. Neste caso, “escrever” é transitivo direto, já que foi necessário um complemento sem preposição.
Maria escreveu cartas ao noivo. Neste caso, “escrever” é transitivo direto e indireto, pois exigiu dois complementos, um sem preposição (cartas) e outro com preposição (ao noivo).
VOZES DO VERBO
São três as vozes verbais: Ativa, Passiva e Reflexiva.
Voz Ativa - Ocorre quando o sujeito exerce a ação.
Ex.: Vovó viu a uva.
Voz Passiva – Ocorre quando o sujeito sofre a ação.
Ex.: A uva foi vista por vovó.
Voz Reflexiva – Ocorre quando o sujeito exerce e sofre a ação.
Ex.: As crianças deram-se as mãos.
Passagem da voz ativa para a passiva.
São três passos:
1º - O sujeito passa a ser objeto e o objeto passa a ser sujeito.
2º - O verbo é substituído por uma locução verbal acrescentando-se um verbo de ligação no mesmo tempo do verbo da voz ativa, mais o verbo original no particípio.
3ª – Acrescenta-se a preposição por antes do objeto na voz passiva. Se existir artigo (O ou A) usa-se a contração pelo ou pela.
Exercício:
Voz ativa - Osório Duque Estrada compôs o Hino Nacional.
Sujeito → Osório Duque Estrada
Verbo → compôs (Pretérito perfeito)
Objeto direto → Hino Nacional
Vox Passiva – O Hino Nacional foi composto por Osório Duque Estrada
Sujeito → O Hino Nacional
Locução verbal → foi composto (com o verbo ir no pretérito perfeito
e o verbo compor no particípio).
Objeto direto → Osório Duque Estrada
Agente da passiva → por
Exercício:
“Fazem-se unhas.”
- Como não há a preposição, está na voz ativa.
- Descobrir o sujeito: Quem é que faz? Não sei. É um sujeito indeterminado.
- Descobrir o objeto: Quem faz, faz alguma coisa → unhas. Este é o objeto direto.
- Verbo? Fazer no presente do indicativo, plural.
Agora passar para a voz passiva.
- O que era objeto vira sujeito: Unhas
- Substituir o verbo por uma locução verbal no presente e no plural: são feitas
- O sujeito indeterminado viraria objeto. Mas ele não está ali. Então fica fora, assim como a preposição.
Voz passiva → “Unhas são feitas.”
ADJUNTO ADVERBIAL
O adjunto adverbial tem valor de advérbio e serve para modificar o verbo, um adjetivo ou outro advérbio.
Normalmente a colocação do adjunto adverbial é no fim da frase. Quando antecipado, deverá estar entre vírgulas.
Adjunto Adverbial no final da frase →Foram assaltados violentamente.
Adjunto Adverbial no início da frase → Violentamente, foram assaltados.
Adjunto Adverbial no meio da frase → Foram violentamente assaltados.
ADJUNTO ADVERBIAL
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De afirmação
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Sim, com certeza, claro, etc.
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De assunto
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Sobre política, sobre futebol, etc.
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De causa
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Por necessidade etc.
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De companhia
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Com meus irmãos etc.
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De concessão
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Apesar etc.
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De dúvida
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Talvez, porventura, quiçá, acaso etc.
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De lugar
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Aqui, ali, acolá, abaixo, atrás, dentro, lá etc.
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De instrumento
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Com a pá etc.
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De intensidade
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Muito, pouco, *bastante, mais, tão, quão etc.
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De matéria
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Com mármore etc.
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De meio
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De ônibus, de carro etc.
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De modo
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Bem, mal, devagar, depressa, palavra + mente: carinhosamente, educadamente etc.
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De negação
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Não, em hipótese alguma etc.
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De tempo
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Ontem, hoje, agora, cedo, tarde, breve etc.
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APOSTO
O aposto é um termo auxiliar que serve para explicação do termo anterior. Normalmente vem entre vírgulas.
Ex.: Getúlio Vargas, o pai dos pobres, deixou muitas saudades.
Ontem, terça-feira, cheguei atrasado.
A Ecologia, que é a ciência da moda, tem despertado grande interesse entre os jovens.
Tenho quatro filhos: dois meninos e duas meninas.
- E agora, quem poderá me defender? Eu, o Chapolin Colorado.
VOCATIVO
O vocativo é a função sintática que corresponde a uma INVOCAÇÃO, um chamamento, e não se relaciona sintaticamente com os demais termos da oração. Muitas vezes vem acompanhada por uma entoação exclamativa ou apelativa. Geralmente é separado por vírgulas, mas pode aparecer também com um sinal de exclamação, interrogação, etc.
- Mamãe, já cheguei.
- Para com isso, malandro!
- Oh céus, quando tudo isso vai passar?
- Meu Deus, quanta desgraça.
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